Os jogos de estratégia, em especial o Victoria 2, oferecem uma nova perspectiva para a interpretação histórica. A partir de uma proposta de história adaptativa, é possível construir narrativas alternativas, a partir de escolhas e ações dentro do próprio jogo.

Neste cenário, é necessária uma reflexão mais profunda sobre o papel dos jogos na interpretação histórica e na educação sobre temas históricos. Por um lado, os jogos de estratégia podem ajudar a despertar o interesse dos jogadores pela história, através da imersão em um universo rico em detalhes.

Por outro lado, existe a preocupação em relação à fidelidade histórica das narrativas construídas pelos jogos. Afinal, até que ponto estamos construindo uma história realmente baseada em fatos, e não em uma versão romantizada e adaptada?

Ao aproveitar a tecnologia para construir narrativas adaptativas, é preciso cuidado para assegurar que as informações transmitidas sejam fiéis e equilibradas. É importante lembrar que jogos de estratégia são apenas uma ferramenta de aprendizagem - embora extremamente valiosa - e não substituem o estudo aprofundado e crítico.

No entanto, é indiscutível o papel dos jogos de estratégia na democratização do acesso à educação histórica. Através do Victoria 2, por exemplo, podemos vivenciar na prática as características políticas, sociais e econômicas de uma época, enriquecendo assim nosso conhecimento sobre o passado.

Em termos gerais, podemos dizer que a história adaptativa trazida pelos jogos de estratégia pode ajudar a despertar a curiosidade dos jogadores, incentivando-os a buscar novas fontes de informação e a construir uma visão crítica sobre as narrativas históricas. No entanto, é preciso lembrar que o papel dos jogos na educação histórica deve ser utilizado de forma complementar e consciente.